TAREFA >> 23. Leia o artigo «Treinar».

TREINAR

Treinar é em si uma tecnologia, uma parte vital do estudo de Scientology. Deveria ser completamente compreendido, tanto por si como pelo seu parceiro, antes de começaram a exercitar qualquer um dos TRs.

Bom treino pode fazer a diferença entre passar através do exercício com excelentes resultados para um estudante ou não passar através do exercício de modo algum.

De forma a ajudá–lo a fazer o melhor que possivelmente possa no que respeita a ser treinador, irá encontrar abaixo alguma informação que irá dar–lhe assistência:

1. Treine com um propósito.

Tenha como objectivo, quando estiver a treinar outra pessoa que o estudante realize o exercício de treino correctamente; seja determinado em trabalhar para alcançar este objectivo. Sempre que corrigir o estudante como treinador, não o faça sem uma razão, sem um propósito. Tenha em mente o propósito de que o estudante obtenha uma melhor compreensão do exercício de treino e o faça ao máximo da sua capacidade.

2. Treine com realidade.

Seja realista ao treinar. Quando der uma originação a um estudante, faça com que esta seja realmente uma originação, não apenas algo que a folha lhe diz que deve dizer, para que seja como se o estudante tivesse de a manejar tal como você a diria sob condições e circunstâncias reais. No entanto, isto não significa que você sinta realmente as coisas que está a dizer ao estudante, tal como quando lhe diz: «Dói–me a perna». Isto não significa que a sua perna lhe deva doer, mas que deve dizê–lo de tal modo que chegue ao estudante que a sua perna lhe dói. Outra coisa em relação a isto é não usar nenhumas experiências do seu passado para treinar. Seja criativo em tempo presente.

3. Treine com uma intenção.

Por detrás de todo o seu treino deve estar a intenção de que no final do exercício o outro estudante esteja consciente de que está melhor no fim, do que estava no princípio. O estudante deve sentir que conseguiu realizar algo nesse exercício de treino, independentemente do pouco que tenha sido. A sua intenção é e deverá ser sempre, durante o treino, que o estudante que está a treinar se torne numa pessoa mais capaz e tenha uma maior compreensão daquilo em que está a ser treinado.

4. Ao treinar, ocupe–se apenas de uma coisa de cada vez.

Por exemplo, ao usar o TR 4, se o estudante alcançou o propósito básico do TR 4, verifique os TRs anteriores, um de cada vez. Ele está a confrontar–lhe? Ele origina a pergunta de cada vez como se fosse sua e tinha realmente a intenção de que você a recebesse? Os seus acusares de recepção estão a terminar os ciclos de comunicação, etc. Mas treine estas coisas apenas uma de cada vez, nunca duas ou mais ao mesmo tempo. Assegure–se de que o estudante faz correctamente cada coisa em que o está a treinar, antes de avançar para o próximo passo do treino. Quanto mais um estudante melhorar num exercício específico ou em determinada parte de um exercício, deve exigir–lhe, como treinador, um nível de habilidade mais elevado. Isto não significa que “nunca deve estar satisfeito”. Isto significa que uma pessoa pode sempre melhorar e no momento em que alcançar um certo nível de capacidade, trabalhe com o objectivo de alcançar um nível superior.

Se verificar que o estudante está a passar por um mau bocado num destes exercícios, a primeira coisa a fazer é fazer com que ele leia de novo o texto do exercício e descubra quaisquer palavras que não compreendeu completamente e procurá–las num dicionário. Se isto não resolve a situação verifique se é num dos exercícios anteriores que ele está atolado. Se descobrir ser este o caso deveria voltar atrás, ao exercício anterior em que ele está atolado, e fazê–lo passar através do exercício até receber um passe. Uma vez que tenha feito isso comece o exercício seguinte e faça esse até receber um passe e suba outra vez pelos mais recentes.

Como treinador você deve trabalhar sempre na direcção de um treino cada vez melhor e mais preciso. Nunca se permita, a si próprio, fazer um trabalho mal feito ao treinar, porque estará a prestar um mau serviço ao estudante que está a treinar e nós duvidamos que gostasse de receber o mesmo mau serviço quando está a ser um estudante.

Ao treinar nunca dê uma opinião, como tal, dê sempre as suas indicações como uma declaração directa, em vez de dizer «Eu penso que» ou «Bem, talvez seja deste modo», etc.

Como treinador a sua principal responsabilidade é pelo exercício e pelos resultados obtidos pelo estudante.

De vez em quando, o estudante começará a arranjar desculpas e a justificar o que está a fazer, se estiver a fazer algo de incorrecto. Ele vai dar–lhe as razões e os «porquês». Falar demoradamente sobre estas coisas não leva a grandes resultados. A única coisa que permite alcançar os objectivos do TR e que esclarece as divergências, é fazer o exercício de treino. Conseguirá mais resultados a fazê–lo do que a falar sobre ele.

Nos TRs, o treinador deve treinar com as indicações dadas na folha de treino em «Ênfase do Treino» e «Propósito».

Estes exercícios, ocasionalmente, têm a tendência para perturbar o estudante. Existe a possibilidade de que durante um exercício um estudante possa ficar zangado ou perturbado. Se isto acontecer, o treinador deve ajudar o estudante passar através da perturbação em vez de dar o exercício por terminado e deixar o estudante numa angústia. Em tal circunstância, deixar apenas o estudante ali sentado irá na realidade deixá–lo mais perturbado do que fazê–lo passar pelo exercício. A intenção do exercício é ensinar o estudante a comunicar e qualquer perturbação é meramente secundária e não toma lugar no exercício.

Há uma pequena coisa que a maioria das pessoas se esquece de fazer e isto é dizer ao estudante quando é que ele executou bem o exercício ou fez um bom trabalho num passo específico. Para além de corrigir as incorrecções, existe também o elogio quando o exercício é bem feito.

Deve, definitivamente, «dar falha» ao estudante sempre que ele tentar algo que tenha que ver com «auto–treino» (quando o estudante tenta corrigir–se a si próprio). A razão para isto é que o estudante vai ter tendência para se introverter (olhar para dentro) e vai prestar demasiada atenção àquilo que está a fazer e como está a fazê–lo, em vez de simplesmente o fazer.

Como treinador mantenha a sua atenção no estudante e em como ele está a ir, e não fique tão interessado no que você mesmo está a fazer que negligencie o estudante e não esteja ciente da sua capacidade ou incapacidade para fazer o exercício correctamente. É fácil tornar–se «interessante» para um estudante, fazê–lo rir e portar–se um bocadinho mal. Porém, o seu principal trabalho como treinador é ver até que ponto ele consegue melhorar em cada exercício de treino e é nisso que tem de ter a sua atenção; nisso e em quão bem ele está a fazê–lo.

O progresso do estudante é, em grande medida, determinado pela qualidade do treino. Os bons resultados produzem pessoas melhores.

Quando o treino for compreendido por si e pelo seu parceiro vocês estão prontos para exercitar os TRs. Fazer estes exercícios exactamente como descrito é a chave para dominá–los com sucesso.

São necessárias horas e horas de prática nestes exercícios para aperfeiçoá–los, mas é tempo bem gasto. Cada um dos TRs é feito até que o estudante tenha alcançado o propósito do exercício e possa fazer esse TR.

Um estudante pode passar muitas horas em qualquer TR antes de alcançar um ponto em que realmente adquire a habilidade desse TR e a mantém. Isto é particularmente verdade no TR 0 Estar Ali, TR 0 Confronto e TR 0 Provocação.

Existe um TR que tem um tempo específico requerido para passar: no TR 0 Confronto, o estudante tem de fazer o exercício até que tenha alcançado um ponto em que pode fazê–lo confortavelmente durante duas horas seguidas.

O treinador trabalha com o estudante num TR em particular até um ponto em que o estudante consiga uma maior capacidade para fazer bem o exercício. No entanto, é melhor passar pelos TRs várias vezes, desde o TR 0 Estar Ali ao TR 4 em sequência, tornando–se cada vez mais duro, do que ficar num para sempre, ou do que o treinador ser tão duro no início que o estudante entra em declínio.

Com treino duro mas justo, conduzido num gradiente adequado, o estudante irá completar estes TRs com certeza na sua capacidade para aplicar a fórmula da comunicação em qualquer situação que lhe possa ser exigida enfrentar.

Esta é uma das capacidades mais valiosas que alguma vez irá aprender.

 

Folha de Originações

O treinador usa estas de vez em quando no Treino de Rotina Número 4 Manejar Originações

Tenho uma dor no estômago.

A sala parece maior.

Sinto o corpo pesado.

Tive uma contracção muscular numa perna.

Sinto–me a afundar.

As cores da sala estão mais brilhantes.

Sinto a cabeça inclinada.

Sinto–me maravilhosamente.

Tenho uma terrível sensação de medo.

És a primeira pessoa que alguma vez me ouviu.

Só agora é que me apercebi de que tenho uma dor de cabeça há anos.

Isto é uma estupidez.

Sinto–me todo confuso.

Tenho uma dor aguda nas costas.

Por alguma razão sinto–me mais leve.

Não te posso dizer.

Sinto–me péssimo – como se tivesse perdido alguma coisa, ou algo do género.

Eh pá! Eu não sabia isso antes.

A sala parece estar a ficar mais escura.

Sinto–me extremamente tenso.

Sem dúvida que tens aqui um belo gabinete.

Sinto–me bastante quente.

A propósito, ganhei aquele torneio de ténis ontem.

Sinto–me como se tivesse a cabeça comprimida.

Quando é que vais cortar o cabelo?

Sinto–me como se tivesse sido cercado de algum modo.

Quem vai ganhar a taça da final?

Esta cadeira é tão confortável que até podia dormir aqui.

Continuo a pensar naquele polícia que apitou para mim esta manhã.

Quanto tempo é que vamos ter que fazer isto?

Sinto picadas na cara.

Estou a ficar com sono.

Estou esfomeado. Vamos almoçar.

De repente sinto–me tão cansado.

Está tudo a ficar enevoado.

Esta sala está a balançar?

Apercebi–me agora de quanto tenho estado errado toda a minha vida.

Sinto–me como se tivesse uma teia de aranha na cara.

Dói–me o joelho esquerdo.

Sinto–me tão leve!

Não está a ficar mais calor aqui?

Acabo de me recordar da primeira vez que fui nadar.

As minhas costas têm estado a doer–me assim há anos.

Tu és casado?

Sinto–me tão só.

Sinto–me como se não pudesse falar.

Todo o meu corpo está a começar a tremer.

Doem–me as costelas.

Parece que está tudo a escurecer.

Não te cansas de escutar alguém como eu?

uma ação que causa prejuízo ou dificuldades; o oposto a serviço, que é trabalho feito para outra pessoa para a ajudar ou como um favor.

uma aproximação gradual a algo, feita passo a passo, nível a nível, sendo cada passo ou nível, em si mesmo, facilmente alcançável – para que, finalmente, atividades complicadas e difíceis possam ser realizadas com relativa facilidade. O termo gradiente também se aplica a cada um dos passos tomados em tal abordagem.