TAREFA >> 1. Leia o artigo «Porquê Estudar?»

PORQUÊ ESTUDAR?

Apesar de toda a ênfase que se deu à educação na nossa sociedade, é extraordinário darmo–nos conta de nunca existiu uma verdadeira Tecnologia de Estudo ou uma tecnologia de educação. Isto soa muito artificial, mas é verdade. Existia uma tecnologia de escola, mas ela não tinha muito a ver com educação. Consistia na tecnologia de como ir à escola, como você é ensinado e como é examinado, mas não havia nenhuma verdadeira tecnologia de educação ou de estudo. Faltando uma tal tecnologia, as pessoas acham difícil atingir as suas metas. Saber como estudar é de importância vital para qualquer pessoa.

A primeira pequena porta que há que abrir para embarcar na tarefa do estudo é a disposição para saber. Se essa porta permanece fechada, uma pessoa está, então, sujeita a meter–se em coisas como um sistema de educação de memorização total, palavra por palavra, que não resultará na obtenção de conhecimento algum. Tal sistema produz apenas estudantes diplomados que possivelmente podem papaguear factos, mas sem qualquer verdadeira compreensão ou capacidade para fazer algo com aquilo que lhes foi ensinado.

Para que finalidade estuda então uma pessoa? Até que clarifique isso não pode fazer com que essa seja uma actividade sensata.

Alguns estudantes estudam para o exame. O estudante pensa para si mesmo, «Como vou repetir isto quando me fizerem uma determinada pergunta?» ou «Como vou passar no exame?» Isso é uma loucura completa, mas infelizmente é o que muitos estudantes fizeram numa universidade.

Tome o exemplo do homem que tenha estado a edificar casas durante muito tempo e que um dia tem um ajudante a quem acabam de ensinar na universidade a construir casas. Ele dá em doido! O indivíduo treinado academicamente estudou o tema durante anos, no entanto não sabe nada acerca dele. E o homem prático não sabe por que razão isso acontece.

A razão é que aquele que acaba de passar pela universidade estudou todos os materiais para ser examinado neles; não os estudou para edificar casas. O homem que esteve ali a trabalhar na prática não é necessariamente superior a longo prazo; mas ele é certamente capaz de edificar casas porque todo o seu estudo tem como base «Como vou aplicar isto para construir casas?» Cada vez que agarra num anúncio, em informação escrita ou qualquer outra coisa, ele faz a pergunta à medida que vai lendo todo o material: «Como posso aplicar isto àquilo que estou a fazer?»

Essa é a diferença básica e importante entre o estudo prático e o estudo académico.

Esta é a razão de alguns fracassarem na prática depois de se terem graduado.

Em vez de olhar para os dados e pensar: «Será que isto vai sair no exame?», seria muito melhor que uma pessoa perguntasse a si própria, «Como posso aplicar este material?» ou «Como posso realmente usar isto?»

Fazendo isto, uma pessoa tirará muito mais proveito daquilo que estuda e será capaz de colocar mesmo em prática aquilo que estudar.

O Estudante Que Já Sabe Tudo

No tema da própria aprendizagem, o primeiro dado a aprender e o primeiro obstáculo a vencer é: Você não pode estudar um tema se, para começar, pensa que já sabe tudo acerca dele.

Um estudante que pensa que sabe tudo o que há para saber acerca de um tema não poderá aprender nada acerca dele.

Uma pessoa poderia estar já familiarizada com um tema por experiência anterior e, tendo tido êxito nesse campo, tem agora a ideia de que sabe tudo acerca dele. Se uma pessoa dessas fizesse então um curso sobre esse tema estaria a estudar através de um écran de «Já sei tudo acerca disto».

Com esse obstáculo no caminho, uma pessoa pode ficar totalmente atolada nos seus estudos e não progredir.

Isto é verdade para um estudante de qualquer tema.

Se uma pessoa pode decidir que ainda não sabe tudo sobre um tema e pode dizer a si mesma: “Aqui está algo para estudar, vamos estudá–lo”, pode vencer este obstáculo e ser capaz de aprender.

Isto é um dado muito, muito importante para qualquer estudante. Se ele compreende isto e o aplicar, tem aberta, de par em par, a porta de acesso ao conhecimento.

um único fragmento de informação — como um facto.