A área abaixo de apatia é uma área sem dor, sem interesse, ou qualquer outra coisa que signifique algo para qualquer outra pessoa, mas é uma área de grave perigo pois a pessoa está abaixo do nível de ser capaz de responder a qualquer coisa, e pode, consequentemente, perder tudo sem que aparentemente se dê conta disso.

Um trabalhador que esteja numa péssima condição – e que seja de facto um risco para a organização – poderá ser incapaz de sentir dor ou qualquer emoção em qualquer assunto. Ele está abaixo de apatia. Temos visto trabalhadores que feriam a mão e «não davam nenhuma importância a isso» e simplesmente continuavam a trabalhar, apesar de a mão estar bastante ferida. As pessoas que trabalham em enfermarias em áreas industriais, surpreendem-se, por vezes, ao descobrirem como alguns trabalhadores prestam tão pouca atenção aos seus próprios ferimentos. É um facto terrível que essas pessoas que não prestam atenção aos seus ferimentos e que nem sequer sentem a dor causada por estes não são, nem nunca serão, eficientes, a menos que recebam alguma atenção de um Scientologist. É um risco tê-las por perto. Não reagem adequadamente. Se uma dessas pessoas estivesse a trabalhar com um guindaste e este subitamente se descontrolasse ao ponto de despejar a sua carga em cima de um grupo de homens, esse operador de guindaste em subapatia simplesmente deixaria que o guindaste largasse a sua carga. Por outras palavras, ele é um assassino potencial. Ele não consegue parar nada, não consegue mudar nada e não consegue começar nada. E no entanto, com base em alguma reacção automática, ele consegue manter um emprego por algum tempo. Mas assim que se depara com uma emergência real, é pouco provável que ele reaja correctamente e como resultado há acidentes.

Onde quer que haja acidentes numa indústria, estes provêm dessas pessoas que se encontram nesta faixa de tom de subapatia. Onde quer que sejam cometidos erros graves em escritórios, que custam grandes quantidades de dinheiro e tempo às firmas e que causam dificuldades ao resto do pessoal, verifica-se com bastante uniformidade que esses erros provêm destas pessoas em subapatia. Por isso não pense que um destes estados de ser incapaz de sentir alguma coisa, de estar entorpecido, de ser insensível à dor ou à alegria tem qualquer vantagem para alguém. Não é. Uma pessoa que se encontre nesta condição não consegue controlar as coisas e, de facto, não está «ali» o suficiente para ser controlada por outra pessoa qualquer e faz coisas estranhas e imprevisíveis.

Tal como uma pessoa pode estar cronicamente em subapatia, ela também pode estar em apatia. Isto é bastante perigoso, mas pelo menos é expresso. É de esperar comunicação da própria pessoa, não vindo de algum padrão de treino.

As pessoas podem estar cronicamente em pesar, cronicamente em medo, cronicamente em ira ou em antagonismo ou em aborrecimento ou, de facto, podem até estar «presas em entusiasmo». Uma pessoa que é verdadeiramente capaz, normalmente é bastante serena em relação às coisas. Pode, no entanto, manifestar outras emoções e é um erro supor que uma serenidade total tenha algum valor real. Quando uma situação que exige lágrimas não pode ser chorada, a pessoa não está em serenidade como um tom crónico. A serenidade pode ser muito facilmente confundida com esta subapatia, mas apenas por um observador muito pouco treinado, é claro. Basta um olhar para a condição física da pessoa para estabelecer a diferença: as pessoas que se encontram em subapatia normalmente são pessoas muito doentes.

No nível de cada uma das emoções, temos um factor de comunicação. Em subapatia, um indivíduo não está realmente a comunicar nada. É alguma resposta social ou um padrão de treino ou, como nós dizemos, um «circuito» que está a comunicar. A própria pessoa não parece estar ali e não está realmente a falar. Sendo assim, as suas comunicações às vezes são estranhas. Ela faz a coisa errada na altura errada. Diz a coisa errada na altura errada. Naturalmente, quando uma pessoa está «presa» em alguma das faixas da Escala de Tom – subapatia, apatia, pesar, medo, ira, antagonismo, aborrecimento, entusiasmo ou serenidade – ela dá voz às comunicações com esse tom emocional. Uma pessoa, que esteja sempre zangada acerca de alguma coisa, está presa em ira. Tal pessoa não está tão mal como uma que esteja em sub-apatia, mas ainda é bastante perigosa a sua companhia, pois ocasionará problemas, e uma pessoa que está zangada não tem um bom controle das coisas. As características de comunicação das pessoas nestes vários níveis da Escala de Tom são muito fascinantes. Elas dizem coisas e lidam com a comunicação de uma forma característica e distinta para cada nível da Escala de Tom.

Há um nível de realidade para cada um dos níveis da afinidade da Escala de Tom. A realidade é um tema extremamente interessante, pois tem principalmente a ver com sólidos relativos. Por outras palavras, a solidez das coisas e o tom emocional das pessoas têm uma ligação definida. As pessoas que estão em baixo na Escala de Tom não conseguem tolerar sólidos. Não conseguem tolerar um objecto sólido. A coisa não é real para elas. É fina ou falta-lhe peso. À medida que as pessoas sobem na escala, o mesmo objecto torna-se cada vez mais sólido e elas podem finalmente vê-lo no seu verdadeiro nível de solidez. Por outras palavras, estas pessoas têm uma reacção evidente à massa nos vários pontos da escala. Para elas as coisas são brilhantes ou muito, muito baças. Se pudesse olhar através dos olhos de alguém em subapatia veria, sem dúvida, um mundo muito aguado, ténue, vago, nebuloso e irreal. Se olhasse através dos olhos de um indivíduo zangado, veria um mundo ameaçadoramente sólido, onde todos os sólidos se apresentariam como uma brutalidade dirigida a ele, mas ainda não seriam suficientemente sólidos ou suficientemente reais ou visíveis para alguém em boas condições. Uma pessoa em serenidade pode ver os sólidos tal como são, tão brilhantes como são e pode tolerar um enorme peso ou solidez sem reagir a isso. Por outras palavras, à medida que se sobe na Escala de Tom, partindo do ponto mais baixo para o mais alto, as coisas podem tornar-se cada vez mais sólidas e cada vez mais reais.