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Esta é uma das coisas acerca das quais o Homem pensava saber tudo e, portanto, nunca se preocupou em investigar. No entanto foi isto, mais que todas as outras coisas, que lhe deu o maior número de dificuldades. O Homem tinha isto tudo explicado para a sua completa satisfação e, no entanto, a sua explicação não diminuiu a quantidade de dificuldades que provinham do sentimento de «ter de se ir embora».
Por exemplo, o Homem tem andado frenético com a elevada taxa de divórcios, com a elevada rotação de pessoal nas fábricas, com as agitações laborais e muitas outras coisas que derivam todas da mesma fonte: partidas repentinas ou partidas graduais.
Vemos uma pessoa que tem um bom emprego, e que provavelmente não conseguirá outro melhor, decidir repentinamente ir-se embora, e sair. Vemos uma esposa, com um óptimo marido e uma boa família, deixar tudo. Vemos um marido, com uma esposa bonita e atraente, romper a
O Homem explicou isto a si próprio dizendo que lhe fizeram coisas que ele não podia tolerar e, portanto, teve de se ir embora. Mas se esta fosse a explicação, tudo o que o Homem teria que fazer seria tornar excelentes as condições de trabalho, as relações conjugais, os empregos, os cursos e sessões e o problema estaria resolvido. Mas, pelo contrário, uma investigação minuciosa das condições de trabalho e das relações conjugais demonstra que o melhoramento das condições frequentemente aumenta a quantidade de deserções, como se poderia chamar a este fenómeno. Provavelmente as melhores condições de trabalho do mundo foram providenciadas pelo Sr. Hershey, das famosas barras de chocolate, para os trabalhadores da sua fábrica. No entanto, eles revoltaram-se e até dispararam contra ele. Isto, por sua vez, conduziu à filosofia industrial de que quanto pior os trabalhadores eram tratados, mais vontade eles teriam de ficar – o que é tão falso como a ideia de que quanto melhor são tratados, mais depressa desertam.
Podemos tratar as pessoas tão bem que elas ficam com vergonha de si próprias (sabendo que não o merecem) e assim
As pessoas vão–se embora por causa dos seus próprios overts e ocultações.
Esta é a realidade e a regra invariável. Um homem que tem as mãos limpas não pode ser magoado. O homem ou mulher que tem forçosamente de se fazer de vítima e partir, fá-lo devido aos seus próprios overts e ocultações. Não importa se a pessoa abandona uma cidade, um trabalho ou uma sessão; a causa é a mesma.
Quase toda a gente, seja qual for a sua posição, pode remediar uma situação, independentemente do que esteja mal, se realmente quiser fazê-lo. Quando a pessoa já não quer remediá-la, os seus próprios overts e ocultações contra as outras pessoas envolvidas na situação reduziram a sua própria capacidade de ser responsável por esta. Consequentemente, ela não remedeia a situação. A partida é a única resposta aparente. Para justificar a partida, a pessoa que deserta inventa coisas que lhe fizeram, num esforço de minimizar o overt, degradando aqueles contra quem este foi cometido. As mecânicas envolvidas são bastantes simples.
Agora que sabemos isto, é uma falta de responsabilidade da nossa parte permitir tanta irresponsabilidade. Quando uma pessoa ameaça abandonar uma cidade, um trabalho, uma sessão ou uma classe, a única coisa bondosa que se pode fazer é extrair os actos overt e ocultações a essa pessoa. Fazer menos do que isso é mandar a pessoa embora com a sensação de estar degradada e de que lhe fizeram mal.
É espantosa a trivialidade dos overts que levam uma pessoa a desertar. Numa determinada ocasião uma pessoa foi apanhada mesmo antes de desertar uma organização, e o acto overt original foi não ter defendido a organização quando um criminoso falou com rancor acerca dela. Este fracasso na defesa juntou a si cada vez mais overts e ocultações, como não transmitir mensagens, não completar tarefas, até que por fim isto degradou tanto a pessoa que a levou a roubar algo sem valor. Este roubo levou a pessoa a acreditar que o melhor era ir-se embora.
É um comentário bastante nobre sobre o Homem dizer que quando uma pessoa se acha, segundo crê, incapaz de se refrear de magoar um benfeitor, ela irá defender o seu benfeitor com a sua partida. Esta é a verdadeira fonte das deserções. Se melhorarmos as condições de trabalho da pessoa, tomando isto em consideração, veremos que simplesmente amplificamos os seus actos overt e garantimos a sua partida. Se punirmos, podemos reduzir um pouco o valor do benfeitor e assim reduzir o valor do overt. Mas nem a melhoria das condições nem a punição são a resposta. A resposta está em Scientology e auditar a pessoa até um nível de responsabilidade suficientemente elevado em que ela possa pegar num trabalho ou num posto e consiga levá-lo a cabo sem todo esse disparate de «Tenho que dizer que me estás a fazer coisas, para poder ir-me e proteger-te de todo o mal que te estou a fazer». A situação é esta, e não faz sentido não fazer algo a seu respeito, agora que sabemos.
A cabeça de quem tem uma consciência pesada não repousa tranquilamente. Limpem-na e terão uma outra pessoa melhor.
os métodos de aplicação duma arte ou ciência em oposição ao mero conhecimento da própria ciência ou arte. Em Scientology, o termo tecnologia refere–se aos métodos de aplicação dos princípios de Scientology para melhorar as funções da mente e reabilitar os potenciais do espírito, desenvolvida por L. Ron Hubbard.
amor, afeição ou qualquer outra atitude emocional; o grau de afecto. A definição básica de afinidade é a consideração de distância, quer seja boa ou má.
criado rapidamente ou abruptamente.